Mianmar: os Rohingyas sem cidadania, mas forçados a se alistar no exército
Dizimado pelas perdas em campo, o exército birmanês recrutou à força homens da minoria muçulmana e os enviou para a linha de frente na batalha contra o Exército Arakan no Estado de Rakhine. Aproximadamente mil jovens, principalmente deslocados, sequestrados de vilarejos, mercados, campos e levados para bases do exército para treinamento militar
Para reabastecer suas fileiras, dizimadas pelas perdas em campo, o exército de Mianmar está recorrendo ao recrutamento forçado de homens Rohingyas e enviando-os para a linha de frente na batalha contra o Exército Arakan, uma milícia étnica que luta no Estado de Rakhine, o estado birmanês no qual estão tradicionalmente estabelecidos os Rohingyas, uma população muçulmana discriminada e marginalizada em Mianmar. Conforme relatam organizações da diáspora Rohingya citadas pela agência missionária Fides, como a Burmese Rohingya Organisation UK e a Free Rohingya Coalition, "o regime birmanês tem como alvo os Rohingyas para o recrutamento forçado porque eles são vulneráveis. Eles não podem fugir por causa das restrições de movimento impostas pela junta. Para os Rohingyas, o Estado de Rakhine é como uma prisão a céu aberto. A junta os considera sacrificáveis. É uma maneira atroz de enviar os Rohingyas para a morte".Vatican News